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VAREJO – FALTA MELHORAR A SEGURANÇA

VAREJO – FALTA MELHORAR A SEGURANÇA

por Patricia Marra, jan/2009

Na última década, o varejo brasileiro passou por uma revolução de face-lifting, merchandising, automação, branding e conceito. Faltou melhorar a segurança.

Há alguns anos, um cliente das Casas Bahia foi assassinado porque sentou em um dos sofás expostos na loja. Recentemente, o herdeiro da rede de purificadores Europa foi assassinado na conceituada panificadora D. Deôla, num bairro de alto padrão da cidade de São Paulo. O segurança já havia agredido a família da vítima na noite anterior, que alertou a gerente da padaria, que nada fez. Em todos os casos, os assassinos eram seguranças das redes de varejo.

Na mega livraria da rede Saraiva, em plena Avenida Paulista, um designer foi agredido por um louco com um taco de beisebol. O detalhe é que o louco já tinha estado pela livraria e atacado uma vitrine com o mesmo taco de beisebol. Nada foi feito. E segundo a rede, nada será feito, não haverá qualquer mudança na política de segurança da livraria.

Estes casos não são isolados. Todos os dias, em milhares de pontos de venda, por todo o Brasil, meninos carentes que são pegos roubando nas lojas de varejo são espancados por seguranças.

Periodicamente, somos assustados por alguma matéria da imprensa, que trata de jovens freqüentadores da noite que são espancados ou assassinados por seguranças de casas noturnas, por motivos banais como excesso de bebida ou discordância sobre o valor da conta.

Ao que tudo indica, as redes de varejo contratam e terceirizam seus serviços de segurança com empresas do ramo que não têm o menor critério na contratação e treinamento de seus funcionários – geralmente ex-policiais que já foram expulsos da corporação por má conduta ou policiais na ativa, estressados pela dupla jornada, ou até mesmo marginais.

Resta-nos esperar por uma segunda revolução no varejo, que privilegiará a segurança e bem-estar de seus clientes, em detrimento do baixo custo que essas empresas de segurança lhes oferecem. Enquanto isso não acontece, vamos denunciar, sempre, cobrar providências, como cidadãos que somos.

Como marqueteiros, iremos alertar as redes de varejo para o risco que a atual política de segurança representa a dois de seus maiores patrimônios – seus clientes e suas marcas.

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